sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Dúvida: seremos nós o sapo?

Será que estamos em perigo e não nos apercebemos?

Quem não ouviu já a história do sapo que, se for colocado numa panela, com água a ferver, depressa saltará para fora da panela, para se salvar; porém, se colocarmos o mesmo sapo numa panela com água fria e colocarmos essa panela no fogo, o sapo não pulará, ficará quieto, sentindo a água aquecer, até que morrerá cozido!

Estaremos nós a ser cozidos e não nos apercebemos? 

Será que aquilo a que temos assistido nesta campanha eleitoral é suficiente para decidirmos o que vai acontecer no futuro? Ou será que apenas nos estão a aquecer a água?

Não deveríamos ter aproveitado este período para que nos esclarecessem sobre as grandes questões que vamos ter no futuro? Será que não deveríamos ter percebido se a nossa dívida é pagável ou não; se deveríamos pensar em renegociá-la ou não e em que termos e com quem? Não deveríamos pensar no peso que queremos que o nosso estado tenha? Não deveríamos ter pedido para nos explicarem se o sistema da nossa segurança social é sustentável ou não? Se vai haver dinheiro para as nossas pensões e para as pensões dos nossos filhos e netos? Não teria sido útil tentar perceber por que razão o nosso serviço nacional de saúde tem vindo a definhar?

Não deveríamos ter tentado perceber quanto custará ter uma justiça rápida e de proximidade a quem precisa?

Não teria sido uma boa oportunidade, tentar perceber porque é que ao fim de 40 anos de democracia, e apesar de ter havido profundas melhorias no nível de vida português, ainda estamos a colocar estas perguntas todas? Não seria tempo para algumas destas pequenas coisas como a justiça, a educação e a saúde, por exemplo, estarem já bem delineadas?

Não percebo porque ainda andamos nesta discussão?







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