sábado, 23 de julho de 2016

Europa!

Europa!















Carlos Moedas é o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, e esta semana, numa entrevista à TSF garante que "não há qualquer preconceito na Comissão Europeia contra o Governo PS, referindo mesmo que sempre que há um diferendo entre a Europa e os Governos, estes tem a tentação de apontar o dedo à Europa".

Bolas! Se os próprios governos já não entendem a Europa e a sua Comissão Europeia, vamos ser nós, simples mortais, a conseguir compreender?

Assim, não percebo! Juro que não percebo...



















quinta-feira, 14 de julho de 2016

Vencer mais que o Euro!

Somos Campeões Europeus!

No domingo passado, vencemos o campeonato europeu de futebol, pela primeira vez, com a selecção A!

Não quis, propositadamente, escrever nada nesse dia, nem nos seguintes, para evitar que o contágio da esfuziante alegria, me contaminasse a linha de raciocínio.

Ainda sinto pormenores de um entusiasmo anormal no meu bolbo raquidiano, que me faz pensar que, porventura, ainda não seria a altura certa para emitir opiniões sobre o  europeu de futebol, sobre sanções ou mesmo sobre condecorações.

Somos campeões europeus! Quero lá saber; aqui vai:

Mea culpa, mea culpa!
Eu não acreditei!

Confesso que devo ter sido "o único" português, que a minutos do inicio da final, não acreditava que ganhássemos o jogo! Tinha, obviamente, a esperança lusitana que, num movimento perfeito de alinhamento astral, a França não conseguisse marcar um único golo e que, na roleta dos penaltis, pudéssemos ter a sorte dos deuses connosco.

A meio da segunda parte, a esperança começou a ser maior que a razão e, no prolongamento, por cada minuto que passava, aí sim, começava a acreditar que podíamos resolver o jogo sem ser com a sorte das grandes penalidades.

Ganhámos! Ao minuto 109, Éder, e a Susana, resolveram o problema!

Tudo isto me fez pensar que acabámos por vencer bem mais que um campeonato de futebol; se calhar, se pensarmos bem, pudemos ter vencido um medo histórico de vencer, de sair em primeiro, de derrotar o outro. Podemos, muito bem, ter vencido a pequena França que existe dentro de nós há muitos anos!

Essa, será sem dúvida, a grande vitória de Portugal. Se conseguirmos que os portugueses saiam deste processo mais fortes, mais crentes em nós próprios, então, teremos ganho alguma coisa com esta competição. Porque, porventura, o nosso problema não era a falta de avançados finalizadores, mas sim de termos um país que acreditasse que podia ser possível e natural vencer uma prova destas!

Fernando Santos veio alterar a ordem natural das coisas! 

Primeiro, com uma fé desmesurada e depois, com um conhecimento muito grande das excelentes probabilidades que o sorteio lhe entregara de bandeja; essa sim, a grande visão do nosso seleccionador.

Aproveitemos a euforia que bem precisamos e descansemos um pouco em cima de um ego que há séculos é espezinhado e que nos tem tornado mais dóceis e inseguros que um gato frente a uma lareira!

Que os títulos que poderão começar a chegar, não nos tirem uma das nossas melhores e principais características: a simpatia e o gosto de bem receber seja quem for, porque esse título já é nosso há muitos anos!

Quanto ao azedume dos franceses, bem... juro que não consigo perceber!

 







 



 

sábado, 9 de julho de 2016

O peixinho dourado da Goldman!



Esta sexta-feira, a imprensa recebeu mais um comunicado da Goldman Sachs, onde nos é apresentado o seu mais novo colaborador, José Durão Barroso, como Chairman da Goldman Sachs International.

Durão Barroso é conhecido por ter sido o presidente da comissão europeia durante dez anos, primeiro ministro em Portugal durante dois, ministro, secretário de estado, líder do PSD, entre outros cargos, e anfitrião na triste cimeira das Lages que deu o pontapé de saída para a guerra no Iraque.

A Goldman Sachs é um grupo financeiro anglo-saxónico que é reconhecido pela ajuda ao governo grego na maquilhagem das suas contas públicas, que originaram a crise que os gregos ainda não conseguiram resolver, é conhecida, pelo escândalo Abacus que, supostamente, lesou em milhões alguns dos seus clientes, e é conhecida, também, pela forma como gere e interfere na governação do mundo financeiro, onde a sua influência é algo que ninguém, provavelmente, consegue contabilizar.

Numa entrevista ao Expresso, José lamenta as criticas que tem recebido, afirmando "É-se criticado por ter cão e por não ter. Se se fica na vida política é porque se vive à conta do Estado, se se vai para a vida privada é porque se está a aproveitar a experiência adquirida na política..."!

Eu percebo as preocupações do nosso ex-primeiro ministro, mas o que não percebo é porque é que a maior parte deste pessoal não vai primeiro para os Goldman Sachs e afins, e depois, beneficiando da sua experiência na vida privada, vão então, abraçar a causa pública e trabalhar em prol da sociedade!

Não há dúvida que estas instituições têm um poder que ninguém consegue conter e são o espelho mais negro desta globalização que insiste em gerar situações nas quais consegue, quase sempre, sair por cima e com um balanço positivo de muitos milhões de dólares.

Por algum motivo o seu Chairman e CEO, Lloyd C. Blankfein, afirmava "Sou um banqueiro que faz o trabalho de Deus"...



Eu é que não percebo isto!