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sábado, 9 de julho de 2016
O peixinho dourado da Goldman!
Esta sexta-feira, a imprensa recebeu mais um comunicado da Goldman Sachs, onde nos é apresentado o seu mais novo colaborador, José Durão Barroso, como Chairman da Goldman Sachs International.
Durão Barroso é conhecido por ter sido o presidente da comissão europeia durante dez anos, primeiro ministro em Portugal durante dois, ministro, secretário de estado, líder do PSD, entre outros cargos, e anfitrião na triste cimeira das Lages que deu o pontapé de saída para a guerra no Iraque.
A Goldman Sachs é um grupo financeiro anglo-saxónico que é reconhecido pela ajuda ao governo grego na maquilhagem das suas contas públicas, que originaram a crise que os gregos ainda não conseguiram resolver, é conhecida, pelo escândalo Abacus que, supostamente, lesou em milhões alguns dos seus clientes, e é conhecida, também, pela forma como gere e interfere na governação do mundo financeiro, onde a sua influência é algo que ninguém, provavelmente, consegue contabilizar.
Numa entrevista ao Expresso, José lamenta as criticas que tem recebido, afirmando "É-se criticado por ter cão e por não ter. Se se fica na vida política é porque se vive à conta do Estado, se se vai para a vida privada é porque se está a aproveitar a experiência adquirida na política..."!
Eu percebo as preocupações do nosso ex-primeiro ministro, mas o que não percebo é porque é que a maior parte deste pessoal não vai primeiro para os Goldman Sachs e afins, e depois, beneficiando da sua experiência na vida privada, vão então, abraçar a causa pública e trabalhar em prol da sociedade!
Não há dúvida que estas instituições têm um poder que ninguém consegue conter e são o espelho mais negro desta globalização que insiste em gerar situações nas quais consegue, quase sempre, sair por cima e com um balanço positivo de muitos milhões de dólares.
Por algum motivo o seu Chairman e CEO, Lloyd C. Blankfein, afirmava "Sou um banqueiro que faz o trabalho de Deus"...
Eu é que não percebo isto!
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